Categorias
C-Drama CELEBRIDADES 🇨🇳 CHINA

Huang Xiaoming e Angelababy confirmam o divórcio

Um dos casais mais famosos do entretenimento chinês, Huang Xiaoming e Angelababy, confirmaram o divórcio.

Com posts idênticos em suas páginas no Weibo, o casal declarou: “Agradecidos por tudo o que vivemos no passado. Nós ainda seremos uma família no futuro”.

As agências de ambos também postaram declarações oficiais no Weibo ao mesmo tempo, afirmando que Huang Xiaoming, de 44 anos, e Angelababy (Angela Yeung Wing), de 32, decidiram se separar de forma amigável e todo o processo já foi concluído.

Juntos há quase 10 anos, eles se casaram em uma luxuosa cerimônia em 2015. O casal tem um filho de 5 anos, que, segundo as agências, será criado por ambos, como foi até o momento.

Fonte: reprodução

Os rumores sobre o fim do casamento de Huang Xiaoming e Angelababy começaram ainda em 2019. O casal raramente era visto junto em público e pouco interagiam nas redes sociais.

Em julho de 2019, pouco depois do anúncio dos divórcios de Song Joong-ki e Song Hye-kyo, na Coreia, e Fan Bingbing e Li ChenHuang Xiaoming chegou a negar alguns rumores que surgiram no Weibo.

Porém, as especulações continuaram e se tornaram mais fortes após o Festival de Outono (ou Mid-Autumn Festival Gala), em que ambos foram vistos separados.

O último rumor surgiu em janeiro de 2021, quando Huang Xiaoming apareceu no palco ao lado de sua ex-namorada, a também atriz chinesa Li Feier. Na época, o ator apresentava o programa Sisters Who Make Waves e Li Feier era uma das candidatas. Isso reacendeu os boatos de que, entre 2007 e 2010, Angelababy teria sido o pivô da separação do então casal.

Angelababy negou os boatos e Huang Xiaoming abandonou o programa após o incidente.

As agências informaram que não vão mais se declarar sobre o assunto e pedem para que os fãs não criem boatos ou rumores maliciosos em respeito à família e ao trabalho de ambos.

Fonte (1), (2)
Imagens: reprodução
Não retirar sem os devidos créditos

Categorias
C-Drama DRAMA 🇨🇳 CHINA

‘Gekkan Shoujo Nozaki-kun’ terá adaptação chinesa em live-action

Foi revelado que a plataforma chinesa de vídeos iQIYI está produzindo uma adaptação em live-action do mangá Gekkan Shōjo Nozaki-kun, mas ainda não há imagens ou trailer oficial.

Em mais de 30 episódios que estão previstos para ir ao ar ainda neste ano, Comic Girl Romance será baseada em Gekkan Shōjo Nozaki-kun – escrita e ilustrada por Izumi Tsubaki.

Gekkan Shōjo Nozaki-kun de Izumi Tsubaki

O drama contará a história de como Zuo Qian Dai (Shen Yue) falhou em confessar seus sentimentos por Lu Ye Qi (Wang Jing Xuan) e acabou fazendo parte de sua equipe de quadrinhos.

Inteligente, mas com poucas habilidades sociais, Lu Ye Qi quer fazer quadrinhos de ação, mas acabou fazendo sucesso com histórias voltadas ao público feminino. Ao passo que Lu Ye Qi e Zuo Qian Dai se aproximam e desenvolvem a paixão pelo desenho, ele ganha novas inspirações para suas histórias. Eventualmente a equipe de apoio a Lu Ye Qi cresce e o grupo enfrenta dificuldades, confusões e brigas, mas o laço da amizade é reforçado a cada desafio superado. 

Comic Girl Romance ainda conta com Zhuo Yan Chen, Jenny Zeng, Wu Yu Heng, Zhao Yi Qin e Rachel Wang. Com direção de Zhong Qing e sem data de estreia definida, estima-se que o drama será lançado no final deste ano. 

Fontes: (1), (2).
Fonte imagens: iQIYI – divulgação; TV Tokyo – reprodução, Izumi Tsubaki – reprodução.
Não retirar sem os devidos créditos.

Categorias
CELEBRIDADES MÚSICA TAIWAN 🇨🇳 CHINA

Vivian Hsu nega ter usado sua música para atacar Lee Jinglei

A cantora taiwanesa Vivian Hsu negou ter usado suas redes sociais para atacar Lee Jinglei, ex-mulher do cantor Wang Leehom.

Segundo o Oriental Daily, a cantora compartilhou na semana passada o vídeo de uma de suas músicas antigas, Mask, dizendo que ainda gostava muito dela, mesmo sendo uma composição sua lançada em 20003. Ela também comentou que gostaria de tocá-la em seu próximo show.

Vivian Hsu também compartilhou parte da letra da música que, em uma tradução livre, significa “Você coloca sua máscara da bondade e continua chorando; despertando a simpatia dos outros”. Os internautas que viram a postagem começaram a especular se a postagem era uma indireta para Lee Jinglei, que deu diversas declarações acusando seu Wang Leehom de infidelidade.

O nome de Vivian Hsu foi levantado pelos internautas como um dos supostos casos de Wang Leehom. A cantora lançou três declarações oficiais negando qualquer envolvimento no caso e tendo total apoio de seu marido, Sean Lee.

Vivian Hsu negou ter usado suas redes para atacar Lee Jinglei e disse que apenas compartilhou uma das músicas que ela pretende apresentar em seu próximo show, Viviland, que acontecerá em maio.

Fonte: Reprodução

“Só existe uma coisa em minha mente agora, que é me concentrar e me preparar para o meu primeiro show na Taipei Arena e dar aos meus fãs a melhor performance possível. Sendo assim, vou compartilhar várias músicas, novas e velhas. Eu não tenho pensamentos que possam me distrair no momento e também não tenho tempo para coisas desnecessárias e sem sentido. Por favor, não entendam errado”, ela declarou.

Fonte (1)
Imagens: reprodução
Não retirar sem os devidos créditos.

Categorias
SOCIEDADE 🇨🇳 CHINA

Tencent demite funcionários e coloca empresa na lista negra em ação anti-corrupção

A maior empresa de videogames e mídias sociais da China, a Tencent Holdings, demitiu 70 funcionários por casos de propina e colocou 13 empresas em sua “lista negra” de futuros contratos. Ela também alega ter denunciado às autoridades mais de 10 pessoas por ações ilegais.

Com o governo reforçando suas ações contra corrupção nos últimos anos, as empresas de tecnologia têm duplicado suas próprias investigações para encontrar irregularidades e manter seu valor em alta.

A Tencent informou que, em 2021, teve um caso envolvendo um funcionário do departamento de Música Digital pedindo e recebendo favores de forma irregular e um outro caso, desta vez no departamento de Esportes, de lucro ilícito.

Pequim, que aumentou suas políticas de controle sobre a internet no ano passado, afirmou na última semana que investigaria e puniria qualquer comportamento corrupto vindo do monopólio das plataformas.

Fonte (1)
Não retirar sem os devidos créditos

Categorias
🇨🇳 CHINA

Ensaio da abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno foi realizado

Pequim se prepara para as Olimpíadas de Inverno deste ano e o ensaio da cerimônia de abertura aconteceu neste sábado (22), contando com aproximadamente 4000 participantes. 

Ensaio da abertura – Cr. Xinhua (reprodução)

O ensaio da abertura das Olimpíadas de Inverno em Pequim 2022 aconteceu na noite de sábado (22) no Estádio Nacional, também conhecido como “Ninho de Pássaro”. 

Mesmo com o ensaio reduzido a 100 minutos por causa do tempo frio e devido à pandemia, as inovações tecnológicas e científicas puderam ser mostradas para trazer Jogos “simples, seguros e esplêndidos”, afirmam os organizadores. 

A Olimpíada de Inverno começará no dia 4 de fevereiro, marcando o começo da primavera no país. Ademais, o dia coincide com o “Lichun”, primeiro dos 24 períodos do calendário tradicional chinês e será um elemento importante para a cerimônia de abertura. 

Pequim fez história ao se tornar a primeira cidade olímpica dupla ao passo que sediou os Jogos de Verão (2008) e agora, os de Inverno, além de contar com Zhang Yimou, que dirigiu a cerimônia de abertura e encerramento de Pequim 2008. 

O CEO do Serviço de Broadcasting Olímpico, Yiannis Exarchos, afirmou que apesar das diferenças com os jogos de 2008, as Olimpíadas de Inverno serão igualmente impressionantes e imperdíveis. 

Fontes: (1), (2)
Fonte imagens: Olympics – divulgação; Xinhua – reprodução.
Não retirar sem os devidos créditos.

Categorias
SOCIEDADE 🇨🇳 CHINA

Douyin, a versão chinesa do TikTok, limita tempo de uso para menores de 14 anos

O aplicativo Douyin, versão chinesa do TikTok, está limitando o tempo de uso da plataforma para 40 minutos diários para os usuários com menos de 14 anos. A limitação é mais uma ação do governo chinês para tentar reduzir o vício dos mais jovens em internet.

De acordo com o The Wall Street Journal, a restrição está sendo implementada através do “Modo Jovem”, que classifica automaticamente todos os usuários registrados com menos de 14 anos em uma categoria de usuários diferente. Os enquadrados nesta categoria não apenas terão seu tempo no aplicativo limitado, mas também terão o acesso bloqueado das 22h às 18h do dia seguinte.

Se você é um usuário com menos de 14 anos, descobrirá que já está no ‘Modo Jovem’ quando abrir o aplicativo“, disse a empresa em um comunicado anunciando a mudança em 18 de setembro. O Douyin também acrescentou em seu comunicado que vai promover um conteúdo “enriquecedor e educacional” para os usuários do “Modo Jovem”.

O aplicativo teve, em média, cerca de 600 milhões de usuários ativos diariamente no primeiro trimestre deste ano e tem implementado restrições de forma progressiva para os usuários mais jovens. Em junho, uma versão mais suave do “Modo Jovem” foi colocada em prática e limitava o conteúdo que poderia ser acessado através da função de busca, para os usuários com idade entre 14 e 18 anos.

A ampliação do “Modo Jovem” no Douyin segue uma série de medidas impostas pelo governo chinês para limitar o tempo que as crianças passam online. Em agosto, os jogadores on-line com menos de 18 anos tiveram seu tempo de jogo reduzido para três horas por semana, limitados a uma hora diária, das 20h às 21h, nas sextas-feiras, sábados e domingos. A restrição foi imposta pelas gigantes empresas do ramo, como a Tencent, após uma publicação estatal rotular os jogos on-line de “ópio espiritual”.

Simultaneamente, a China está reprimindo o chamado “culto doentio a celebridades”. Este mês, quatorze plataformas chinesas – incluindo o Douyin e o Weibo (semelhante chinês do Twitter) – assinaram uma “Convenção de Autodisciplina”. Sob este acordo, as plataformas irão monitorar o comportamento dos fãs e reprimir fofocas maliciosas sobre celebridades, impondo uma “autodisciplina” no ciberespaço da China.


Fonte: (1)
Não retirar sem os devidos créditos.

Categorias
CULTURA HISTÓRIA SOCIEDADE 🇨🇳 CHINA

Ossada de casal enterrados se abraçando é encontrada no Norte da China

Foram descobertos no Norte da China, mais precisamente na cidade de Datong, província de Shanxi, dois esqueletos de 1.500 anos enterrados juntos, envoltos em um “abraço eterno”.

Enquanto escavavam mais de 600 tumbas em um cemitério local, arqueólogos das Universidade de Jilin e Xiamen descobriram a ossada do casal, que foi sepultado durante a Dinastia Wei do Norte (386 a 534 d.C.). De acordo com os estudos feitos e publicados no International Journal of Osteoarchaeology, os autores da pesquisa escreveram que “a mensagem era clara – marido e mulher deitados juntos enquanto abraçam um ao outro em um amor eterno na vida após a morte”.

Ainda que as circunstâncias em que foram encontrados sejam, de certa forma, lúdicas – um amor que se perpetua mesmo após o fim da vida -, indícios apontam que a forma como a morte do casal aconteceu não segue o mesmo caminho. O laudo dos estudos conduzidos nos ossos mostra que o esqueleto homem, entre 29 e 35 anos, tinha sinais de lesão não curada no braço direito e um dedo cortado, indicando sinais de uma possível morte violenta. No corpo da mulher, entre 35 e 40 anos, não foram encontrados indícios de trauma, o que pode indicar suicídio. A situação sugere que possa ter acontecido após a morte de seu amado, para que pudesse ser enterrada junto a ele.

Os pesquisadores não descartam também a possibilidade de que os dois tenham falecido ao mesmo tempo, talvez por uma doença ou envenenamento.

Quanto a alguma evidência que pudesse indicar o status do casal, no anelar da mulher foi encontrada uma aliança prata simples, cuja falta de gravações e seu material sugerem que os dois eram pessoas comuns, segundo o perito em odontologia Qian Wang, da Texas A&M University.

De acordo com o antropólogo Qun Zhang, da Universidade de Xiamen, este tipo de enterro é o primeiro a ser documentado na China. Ele pode se relacionar ao fato de ter ocorrido quando o Budismo estava ganhando força e sendo disseminado pelo país, e as pessoas estavam começando a ficar mais conectadas com a vida após a morte e o que acontecia nela.


Fonte: (1), (2), (3)
Imagem: International Journal of Osteoarchaeology
Não retirar sem os devidos créditos.

Categorias
CINEMA MARVEL SOCIEDADE 🇨🇳 CHINA

Meng’er Zhang, sua personagem em Shang-Chi e a luta contra os esteriótipos de mulheres asiáticas em Hollywood

Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis vem causando furor desde a estreia e parece que a cada dia conseguimos nos apaixonar ainda mais, seja pela imensa representatividade que o filme trouxe ou pela história. Os bastidores sempre revelam algo incrível a mais do que havia se percebido em um primeiro momento, além de nos apaixonarmos pelos personagens, atores e atrizes que as interpretam. E é exatamente neste último aspecto que esta matéria se encaixa, mais precisamente na atriz Meng’er Zhang, que dá vida à Xu Xialing.

Créditos: Shang-Chi/Marvel Studios

Em uma entrevista recente, Meng’er disse que a personagem originalmente possuía algumas mechas coloridas em seu cabelo e que o filme já estava sendo gravado por pouco mais de um mês quando ela leu um artigo da Teen Vogue que abordava, justamente, o quão problemático é o trope de mulheres asiáticas em Hollywood quando são apresentadas tendo algum tipo de cor em seus cabelos pela necessidade de indicar que são “rebeldes, fortes e que podem lutar”. Esse tipo de representação leva a uma impressão bastante tóxica e preconceituosa de que o cabelo natural da mulher asiática só faz o espectador pensar que ela está associada a uma imagem de fraca e submissa.

O trope é uma construção narrativa usada várias e várias vezes nos diversos formatos de se contar uma história e de representar elementos, em diversos universos e plataformas diferentes, e nem sempre é considerado algo necessariamente ruim. Porém, neste caso, sim. E a atriz não ficou parada.

Assim que tomou consciência de que Xialing já estava com um pé para entrar e ser mais um número nesse trope, Zhang contatou o diretor do filme, Destin Daniel, e lhe mandou o artigo. “Falei com o nosso diretor, Destin. Perguntei se podíamos tirá-las [as extensões vermelhas] e eles [Destin e a Marvel] concordaram e me apoiaram”, conta. E Destin acatou na hora as mudanças solicitadas pela atriz.

Meng’er Zhang é ou não é maravilhosa? Sim ou claro?

Fonte: (1)
Não retirar sem os devidos créditos.

Categorias
MODA E BELEZA 🇨🇳 CHINA

Gemma Chan homenageia a primeira estrela sino-americana de Hollywood com seu visual no Met Gala

No dia 13 de setembro aconteceu o maior e mais esperado tapete vermelho da moda: o Met Gala. Na edição deste ano a exibição teve como tema “In America: A Lexicon of Fashion” (algo como um vocabulário das várias formas de se expressar na moda), uma homenagem aos estilistas norte-americanos. O tapete trouxe grandes estrelas para desfilar sob a ótica da independência americana, e nomes como CL e Rosé foram destaques na noite.


Rosé (BLACKPINK) veste Yves Saint Laurent e CL veste Alexander Wang. Créditos: Vogue e Met Gala.

Mas uma das maiores aparições da noite foi sem dúvida Gemma Chan. A atriz ganhou atenção no primeiro Met, de 2019. Desta vez, Gemma brilhou ao homenagear a primeira estrela sino-americana de Hollywood, Anna May Wong.

Em parceria com o designer nepalês-americano Prabal Gurung, Gemma – através de arquivos fotográficos de Wong – desenvolveu um minivestido de lantejoulas pretas estampado com um motivo de dragão, completando com uma cauda dramática verde pastel. A atriz ainda fez uso de um cabelo preso em tranças – um estilo que já havia sido visto em Wong.


À esquerda, Gemma Chan e à direita, Anna May Wong. Créditos: Vogue

Antes do tapete vermelho do Met, Chan fez postagens em sua conta do Instagram, com imagens de Wong, protagonista do filme ‘Technicolor The Toll of the Sea (1922)’, aos 17 anos. A homenageada estrelou mais de sessenta filmes durante sua carreira. “Apesar de enfrentar preconceito e estereótipos, ela lutou contra a discriminação que enfrentou em Hollywood”, escreveu a atriz. Ela também completou dizendo, “Em suas palavras: ‘É uma situação muito triste ser rejeitada pelos chineses, porque sou ‘muito americanas’ e por produtores americanos porque preferem outras raças para representar peças chinesas”.

Chan conclui sua explicação sobre o significado por trás de seu visual no tapete vermelho: “Uma pioneira, ícone da moda e mulher à frente de seu tempo – ela abriu o caminho para aqueles que vieram depois e continua a inspirar.

A atriz também falou abertamente sobre o ódio antiasiático no passado, chamando as pessoas para se levantarem contra todas as formas de racismo. 


Fonte: (1)
Imagens: Reprodução Vogue, Met Gala
Não retirar sem os devidos créditos.

Categorias
CINEMA MARVEL 🇨🇳 CHINA

A (não)recepção de Shang-Chi na China e o personagem de Xu Wenwu

Que o filme “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis” é um sucesso absoluto, isto já se sabe desde o seu momento de estreia nas salas de cinema. Com seu primeiro filme de herói de origem asiática, a Marvel quebrou barreiras e está superando recordes de bilheteria a cada semana que passa, levando fãs de todas as partes do mundo à loucura.

Porém, nem todas as partes, pois na China já se ouviam rumores de que o filme seria banido antes mesmo de chegar a data de estreia. E isso realmente aconteceu. O motivo? A polêmica em torno do personagem interpretado por Tony Leung, Xu Wenwu, uma reformulação do vilão O Mandarim, que teve seu “conceito” explicado no filme “Homem de Ferro 3” e que deu bastante o que falar.


Créditos: Marvel Studios

Para entender a polêmica e a retaliação, é necessário voltar aos quadrinhos e ao vilão original do universo de Shang-Chi, o implacável e cruel Fu Manchu. O vilão, desde sua primeira aparição, foi considerado uma caricatura racista que propagava os estereótipos feitos a respeito de pessoas chinesas e essa questão, de maneira óbvia, não foi bem recebida pelo público de origem e descendência asiática de uma forma geral.

Porém, quando reimaginado e adaptado para um roteiro cinematográfico, pois a Marvel não possui os direitos do personagem original, Fu Manchu deixa de ser Fu Manchu mas sim, Wenwu (ou O Mandarim). A personagem se torna livre dos estereótipos uma vez mostrados, de maneira infeliz, nos quadrinhos originais. Mas então por que a China ainda insiste em banir o filme? A resposta está no fato de que, recentemente, Beijing tem aumentado a censura e apertado o cerco quando o assunto são produções estrangeiras que possam, mesmo que minimamente, reforçar qualquer tipo de estereótipo de pessoas chinesas. Em uma fala publicada no China Youth Daily, o jornal oficial da Liga Jovem Comunista, em 2019, “ainda que ‘O Mandarim’ e Fu Manchu não sejam a mesma pessoa, aquele ainda foi construído em cima da sombra deste”.

Mas como toda moeda tem seus dois lados, alguns fãs chineses e de ascendência chinesa dizem não enxergar problema no filme. Este público até cita o fato de que os estúdios Marvel, juntamente com o roteirista do filme, Dave Callaham (também de ascendência chinesa), fizeram uma lista de estereótipos a serem quebrados, justamente para que estes não tivessem vez no novo filme. O objetivo era que a representação da cultura fosse feita de maneira correta.

Inclusive, fazendo uma referência e crítica à sátira escrachadamente estereotipada de seu personagem, em um determinado momento de Shang-Chi, o próprio Wenwu explica sua história e leva em conta os acontecimentos do filme “Homem de Ferro 3”. Neste outro filme, ele havia sido “representado” de forma misteriosamente lúdica na figura do Mandarim, para que o Ocidente tivesse ainda mais medo de sua figura – é aquela velha história, o ser humano teme aquilo que não conhece. Wenwu chega a rir, em um misto de uma amargura sútil e incredulidade, e diz: “Não sabiam meu nome verdadeiro, então inventaram um. E funcionou. A América ficou com medo de uma laranja”.


Créditos: Marvel Studios

“Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis” estreou em 2 de setembro no Brasil e conta a história de Shang-Chi (Simu Liu), um jovem que confronta seu passado um tanto quanto obscuro em uma jornada eletrizante para enfrentar seu pai, Xu Wenwu (Tony Leung). No elenco ainda estão Awkwafina, Michelle Yeoh, Meng’er Zhang, Fala Chen e Ben Kingsley

Infelizmente, até o momento, o filme segue sem data de estreia prevista na China.


Fontes: (1), (2), (3), (4)

Não retirar sem os devidos créditos.

Sair da versão mobile