A Budweiser volta ao Super Bowl (maior evento esportivo dos EUA) com uma campanha publicitária dirigida por Chloe Zhao.
A campanha, que retrata um cavalo superando dificuldades, traz a mensagem “Estar mal não significa estar fora”.
“Todos nós sofremos com quedas ao longo da vida e o processo de recuperação normalmente é longo, doloroso e solitário”, declarou Zhao. “Eu me identifiquei muito com a história de perseverança, amizade e esperança proposta.”
A propaganda completa tem 1 minuto, mas a versão que será exibida durante o Super Bowl terá 30 segundos.
A Budweiser é conhecida por propagandas memoráveis feitas com exclusividade para o Super Bowl. Porém, em 2021, a marca não produziu nenhum conteúdo exclusivo e doou a verba que seria investida para ações de apoio à vacinação contra a COVID-19.
Chloe Zhao foi escolhida para dirigir a campanha por sua conseguir capturar e transmitir de forma única a resiliência humana.
Nascida na China, a diretora hoje mora na Califórnia (EUA) e ganhou o Oscar de Melhor Diretor com o filme Nomadland. Ela também é responsável por títulos como The Riders e Eternals, da Marvel.
Os dangai, ou dramas de boys’ love (também conhecidos pela sigla BL) chineses, tomaram conta da indústria do país nos últimos anos, mas autoridades estão aumentando os boicotes aos dramas do gênero.
O sucesso dos dangai
Os dangai são um gênero de literatura chinesa influenciado pelo Japão com o danmei, histórias que mostram homens gays e seus relacionamentos amorosos.
O gênero tem feito muito sucesso no Sudeste Asiático, tanto com a comunidade LGBTQIA+ quanto entre mulheres heterossexuais. Na Tailândia, é estimado que entre 2014 e 2020, 57 séries de BL foram produzidas.
Um dos dangai mais famosos e conhecidos mundialmente é The Untamed, adaptação da novel de Mo Xiang Tong Xiu e que teve Xiao Zhan e Wang Yibo como protagonistas.
Apesar de não explorar explicitamente o romance dos protagonistas na série como acontece na novel devido ao banimento chinês, a adaptação foi um dos dramas mais lucrativos de 2019.
The Untamed – Tencent Video – divugação
O que o governo diz sobre o gênero
Séries e filmes do gênero são taxados pelos reguladores de mídia do país como “enganadores” para gerações mais jovens por contribuírem para a “adoração tóxica de idols” – isso porque a China está repreendendo a cultura de fandoms desde o ano passado.
O diretor da Secretaria Municipal de Rádio e Televisão de Pequim, Yang Shuo, disse no começo do mês, na conferência nacional da indústria de televisão e filmes, que os dangai estão completamente banidos em filmes e séries de televisão, tudo isso para “criar um ciberespaço limpo e saudável para a capital da cidade.”
Mesmo que Shuo só tenha autoridade sobre o conteúdo produzido na área municipal de Pequim, a proibição deve prejudicar muito o gênero, já que duas das três maiores plataformas de broadcast do país – iQiyi e Youku – estão em Pequim.
Não é a primeira vez que os dangai sofrem boicotes: em setembro do ano passado, a Administração Nacional de Rádio e Televisão (NRTA), principal regulador de mídia do país, exigiu o fim dos dangai junto com uma série de problemas do entretenimento, como altos salários para celebridades, evasão fiscal e perseguição de tráfego online.
A NRTA baniu a série Addicted de todas as plataformas em 2016. A série que tinha 15 episódios foi removida abruptamente após 12 episódios e mostrava a história de amor de dois jovens rapazes.
Em seguida, a China baniu programas de televisão que “mostrassem relações sexuais anormais, como incesto, relacionamentos de pessoas do mesmo sexo, perversão sexual, abuso ou violência sexual.”
Desde então, os dangai têm mostrado relacionamentos disfarçados de bromance ou de forma bem sutil, o que não afetou a popularidade do gênero. No entanto, mesmo com as mudanças, as autoridades ainda querem acabar com qualquer filme ou série que tenha referências homossexuais.
Fandoms, “crime” e desinteresse por outras séries
Segundo Lu Peng, pesquisador da Academia de Shanghai de Ciências Sociais, o boicote é resultado dos problemas que os dramas dangai causaram, nem tanto pela natureza do conteúdo.
De acordo com o pesquisar, esses dramas são “inconsistentes com a ideologia de mídia do país” e por isso, são considerados “problemáticos”, mas se só há bromance, não há problema. Em sua visão, como os dramas têm fãs que causam problemas, “então é correto buscar por uma solução”.
Já o roteirista Wang Hailin afirma que o gênero criou uma subcultura e que os fãs clubes que fazem caridade em nome dos idols como um casal, mesmo quando eles não são homossexuais, tornaram-se uma moda doentia.
Ainda afirma: “Enquanto a China não tem aulas de educação sexual, influenciar os jovens com essa cultura, enquanto sua consciência sexual ainda não foi totalmente desenvolvida, é, até certo ponto, um crime.”
Porém, espectadores afirmam que os dangai estão na mira do governo pelo simples fato de que outras séries de televisão são tão ruins que não conseguem prender a atenção dos jovens, e que se as séries e filmes do país fossem interessantes, as pessoas não assistiriam somente dangai.
Fonte: (1) Fonte imagens: Tencent Video – divulgação Não retirar sem os devidos créditos.
A troca de acusações entre a cantora Yumi e Li Jinglei, ex-mulher do astro Wang Leehom, continua. Dessa vez, Yumi alega ter aberto um processo contra as acusações feitas por Li Jinglei. A cantora publicou, no último dia 29 em sua conta no Weibo, fotos do que parece ser o processo aberto.
Na publicação, a cantora de Singapura confirmou que namorou Wang Leehom entre os anos de 2012 e 2013, mas que nunca interferiu no casamento de Li Jinglei. Segundo a cantora, Li Jinglei sempre desconversa sobre o assunto quando questionada sobre provas contra Yumi.
Yumi chegou a fazer um boletim de ocorrência contra Li Jinglei e suas acusações logo quando o escândalo surgiu, em dezembro do ano passado. Na época, Li Jinglei respondeu às postagens de Yumi dizendo que apresentaria as evidências para a polícia.
A cantora acusa Li Jinglei de cyberbullying e de provocar reações dos internautas apenas para satisfazer suas motivações pessoais.
Mesmo com Yumi alegando que resolveria a questão na justiça, a mídia percebeu que o nome de Li Jinglei não consta no processo postado e que ele seria, na verdade, contra internautas que difamaram seu nome.
Um dos casais mais famosos do entretenimento chinês, Huang Xiaoming e Angelababy, confirmaram o divórcio.
Com posts idênticos em suas páginas no Weibo, o casal declarou: “Agradecidos por tudo o que vivemos no passado. Nós ainda seremos uma família no futuro”.
As agências de ambos também postaram declarações oficiais no Weibo ao mesmo tempo, afirmando que Huang Xiaoming, de 44 anos, e Angelababy (Angela Yeung Wing),de 32, decidiram se separar de forma amigável e todo o processo já foi concluído.
Juntos há quase 10 anos, eles se casaram em uma luxuosa cerimônia em 2015. O casal tem um filho de 5 anos, que, segundo as agências, será criado por ambos, como foi até o momento.
Fonte: reprodução
Os rumores sobre o fim do casamento de Huang Xiaoming e Angelababy começaram ainda em 2019. O casal raramente era visto junto em público e pouco interagiam nas redes sociais.
Em julho de 2019, pouco depois do anúncio dos divórcios de Song Joong-ki e Song Hye-kyo, na Coreia, e Fan Bingbing e Li Chen, Huang Xiaoming chegou a negar alguns rumores que surgiram no Weibo.
Porém, as especulações continuaram e se tornaram mais fortes após o Festival de Outono (ou Mid-Autumn Festival Gala), em que ambos foram vistos separados.
O último rumor surgiu em janeiro de 2021, quando Huang Xiaoming apareceu no palco ao lado de sua ex-namorada, a também atriz chinesa Li Feier. Na época, o ator apresentava o programa Sisters Who Make Waves e Li Feier era uma das candidatas. Isso reacendeu os boatos de que, entre 2007 e 2010, Angelababy teria sido o pivô da separação do então casal.
Angelababy negou os boatos e Huang Xiaoming abandonou o programa após o incidente.
As agências informaram que não vão mais se declarar sobre o assunto e pedem para que os fãs não criem boatos ou rumores maliciosos em respeito à família e ao trabalho de ambos.
Fonte (1), (2) Imagens: reprodução Não retirar sem os devidos créditos
A Torre de Tóquio ganhará uma iluminação especial em comemoração ao Ano Novo Chinês (também conhecido como Ano Novo Lunar). Em tons de vermelho, as luzes serão acessas apenas no dia 31 de janeiro.
Em comemoração aos 50 anos das relações diplomáticas entre China e Japão, o principal deque de observação também contará com dois caracteres kanji representando a palavra “futuro”. O termo também faz referência às Olimpíadas de Inverno – que se iniciam no próximo dia 04 de fevereiro, em Pequim – e à esperança pelo fim da pandemia do Coronavirus.
Devido ao aumento de casos de Covid-19, a cerimônia de iluminação não será aberta ao público. Porém, ela será transmitida ao vivo pelo Youtube e contará com apresentações do grupo de comédia Bicsmalln e discursos do Primeiro Ministro Fumio Kishida e do Governador de Tóquio Yuriko Koike.
O aplicativo Douyin, versão chinesa do TikTok, está limitando o tempo de uso da plataforma para 40 minutos diários para os usuários com menos de 14 anos. A limitação é mais uma ação do governo chinês para tentar reduzir o vício dos mais jovens em internet.
De acordo com o The Wall Street Journal, a restrição está sendo implementada através do “Modo Jovem”, que classifica automaticamente todos os usuários registrados com menos de 14 anos em uma categoria de usuários diferente. Os enquadrados nesta categoria não apenas terão seu tempo no aplicativo limitado, mas também terão o acesso bloqueado das 22h às 18h do dia seguinte.
“Se você é um usuário com menos de 14 anos, descobrirá que já está no ‘Modo Jovem’ quando abrir o aplicativo“, disse a empresa em um comunicado anunciando a mudança em 18 de setembro. O Douyin também acrescentou em seu comunicado que vai promover um conteúdo “enriquecedor e educacional” para os usuários do “Modo Jovem”.
O aplicativo teve, em média, cerca de 600 milhões de usuários ativos diariamente no primeiro trimestre deste ano e tem implementado restrições de forma progressiva para os usuários mais jovens. Em junho, uma versão mais suave do “Modo Jovem” foi colocada em prática e limitava o conteúdo que poderia ser acessado através da função de busca, para os usuários com idade entre 14 e 18 anos.
A ampliação do “Modo Jovem” no Douyin segue uma série de medidas impostas pelo governo chinês para limitar o tempo que as crianças passam online. Em agosto, os jogadores on-line com menos de 18 anos tiveram seu tempo de jogo reduzido para três horas por semana, limitados a uma hora diária, das 20h às 21h, nas sextas-feiras, sábados e domingos. A restrição foi imposta pelas gigantes empresas do ramo, como a Tencent, após uma publicação estatal rotular os jogos on-line de “ópio espiritual”.
Simultaneamente, a China está reprimindo o chamado “culto doentio a celebridades”. Este mês, quatorze plataformas chinesas – incluindo o Douyin e o Weibo (semelhante chinês do Twitter) – assinaram uma “Convenção de Autodisciplina”. Sob este acordo, as plataformas irão monitorar o comportamento dos fãs e reprimir fofocas maliciosas sobre celebridades, impondo uma “autodisciplina” no ciberespaço da China.
Créditos: International Journal of Osteoarchaeology
Foram descobertos no Norte da China, mais precisamente na cidade de Datong, província de Shanxi, dois esqueletos de 1.500 anos enterrados juntos, envoltos em um “abraço eterno”.
Enquanto escavavam mais de 600 tumbas em um cemitério local, arqueólogos das Universidade de Jilin e Xiamen descobriram a ossada do casal, que foi sepultado durante a Dinastia Wei do Norte (386 a 534 d.C.). De acordo com os estudos feitos e publicados no International Journal of Osteoarchaeology, os autores da pesquisa escreveram que “a mensagem era clara – marido e mulher deitados juntos enquanto abraçam um ao outro em um amor eterno na vida após a morte”.
Ainda que as circunstâncias em que foram encontrados sejam, de certa forma, lúdicas – um amor que se perpetua mesmo após o fim da vida -, indícios apontam que a forma como a morte do casal aconteceu não segue o mesmo caminho. O laudo dos estudos conduzidos nos ossos mostra que o esqueleto homem, entre 29 e 35 anos, tinha sinais de lesão não curada no braço direito e um dedo cortado, indicando sinais de uma possível morte violenta. No corpo da mulher, entre 35 e 40 anos, não foram encontrados indícios de trauma, o que pode indicar suicídio. A situação sugere que possa ter acontecido após a morte de seu amado, para que pudesse ser enterrada junto a ele.
Os pesquisadores não descartam também a possibilidade de que os dois tenham falecido ao mesmo tempo, talvez por uma doença ou envenenamento.
Quanto a alguma evidência que pudesse indicar o status do casal, no anelar da mulher foi encontrada uma aliança prata simples, cuja falta de gravações e seu material sugerem que os dois eram pessoas comuns, segundo o perito em odontologia Qian Wang, da Texas A&M University.
De acordo com o antropólogo Qun Zhang, da Universidade de Xiamen, este tipo de enterro é o primeiro a ser documentado na China. Ele pode se relacionar ao fato de ter ocorrido quando o Budismo estava ganhando força e sendo disseminado pelo país, e as pessoas estavam começando a ficar mais conectadas com a vida após a morte e o que acontecia nela.
Fonte: (1), (2), (3) Imagem: International Journal of Osteoarchaeology Não retirar sem os devidos créditos.
O ator Park Ki Woong foi reconhecido como um indivíduo que contribui para a popularização da Korean Wave. Ele recebeu o prêmio do Comitê de Cultura, Esportes e Turismo da Assembleia Nacional na edição de 2021 da Newsis K-Expo.
Em seu discurso de agradecimento, Park Ki Woong declarou: “Estou honrado e impressionado que a Newsis K-Expo estabeleceu uma nova divisão de K-Art e me escolheu como o primeiro premiado. Acredito que este prêmio foi dado a mim para que eu possa trabalhar mais como ator e também como artista. Vou me esforçar mais em minhas atividades artísticas para tocar o coração de todos ao redor do mundo por meio da arte, bem como K-dramas e filmes“.
Park Ki Woon foi reconhecido por seu interesse pela arte e seu trabalho como pintor. Ele estreou como ator por acaso, mas desde a infância sonhava em ser artista. O fato dele ser formado em Design Visual chamou atenção entre os pintores famosos.
Em março, Park Ki Woong ganhou o prêmio especial K-Art por seu retrato chamado Igo e exibiu 20 de seus retratos em uma galeria de uma loja de luxo localizada em Samseong-dong.
Créditos: www.allkpop.com
Além disso, ele participou da WCG Art Play Exhibit, realizada em Xangai, na China, como o pintor Park Ki Woong, e não o ator, fazendo sua primeira exposição na região. Ki Woong é conhecido por outras ações, como doar os lucros das vendas de pinturas feitas por ele em colaboração com o artista Kim Jung Ki.
A Newsis K-Expo começou em 2019 e é patrocinada pelo Ministério da Cultura, Esportes e Turismo da Coreia, pelo Ministério do Comércio, Indústria e Energia, pela Comissão de Comunicações e pela Agência de Conteúdo Criativo, entre outras agências. O evento premia ícones culturais, empresas e indivíduos que contribuem para divulgar a cultura coreana pelo mundo.
Shang-Chi e a Lenda dosDez Anéis vem causando furor desde a estreia e parece que a cada dia conseguimos nos apaixonar ainda mais, seja pela imensa representatividade que o filme trouxe ou pela história. Os bastidores sempre revelam algo incrível a mais do que havia se percebido em um primeiro momento, além de nos apaixonarmos pelos personagens, atores e atrizes que as interpretam. E é exatamente neste último aspecto que esta matéria se encaixa, mais precisamente na atriz Meng’er Zhang, que dá vida à Xu Xialing.
Créditos: Shang-Chi/Marvel Studios
Em uma entrevista recente, Meng’er disse que a personagem originalmente possuía algumas mechas coloridas em seu cabelo e que o filme já estava sendo gravado por pouco mais de um mês quando ela leu um artigo da Teen Vogue que abordava, justamente, o quão problemático é o trope de mulheres asiáticas em Hollywood quando são apresentadas tendo algum tipo de cor em seus cabelos pela necessidade de indicar que são “rebeldes, fortes e que podem lutar”. Esse tipo de representação leva a uma impressão bastante tóxica e preconceituosa de que o cabelo natural da mulher asiática só faz o espectador pensar que ela está associada a uma imagem de fraca e submissa.
O trope é uma construção narrativa usada várias e várias vezes nos diversos formatos de se contar uma história e de representar elementos, em diversos universos e plataformas diferentes, e nem sempre é considerado algo necessariamente ruim. Porém, neste caso, sim. E a atriz não ficou parada.
Assim que tomou consciência de que Xialing já estava com um pé para entrar e ser mais um número nesse trope, Zhang contatou o diretor do filme, Destin Daniel, e lhe mandou o artigo. “Falei com o nosso diretor, Destin. Perguntei se podíamos tirá-las [as extensões vermelhas] e eles [Destin e a Marvel] concordaram e me apoiaram”, conta. E Destin acatou na hora as mudanças solicitadas pela atriz.
Meng’er Zhang é ou não é maravilhosa? Sim ou claro?
Em julho, quando o Festival de Cannes foi realizado com sucesso e até tapete vermelho, parecia que a comunidade cinematográfica global dava um suspiro de alívio. “Antes de Cannes, muitos produtores não tinham tanta certeza sobre como enviar seus filmes ao festival. Mas quando ele foi anunciado, houve um sentimento de ‘os festivais estão de volta’ e vimos uma onda de inscrições”, disse Giovanna Fulvi, responsável pela seleção de conteúdo da Ásia para o Festival Internacional de Cinema de Toronto.
Mesmo com Toronto tendo a sorte de acontecer com um certo grau de normalidade – o Canadá reabriu suas fronteiras para visitantes vacinados em 7 de setembro -, muitos na indústria ainda estão preocupados com o futuro dos festivais de cinema na Ásia.
Fulvi recebeu inscrições da Ásia em uma quantidade próxima aos níveis normais, mas o número de vagas disponíveis foi reduzido para um terço dos anos anteriores (por cortes no orçamento e preocupações com a COVID). Mesmo assim, ele pode escolher os melhores títulos e está confiante com o line-up selecionado.
A seleção asiática varia de Inu-Oh, uma animação musical japonesa passada no século 14, a Aloners, um filme do sul-coreano Hong Sung-eun, e Yuni, da diretora indonésia Kamila Andini, que é bem diferente dos seus trabalhos anteriores. Já o filme de Ho, Terrorizers, terá sua estreia mundial em Toronto, mas sem a presença dele.
Cartaz de Yuni | Créditos: www.imdb.com
A seleção asiática também inclui Drive My Car, de Hamaguchi Ryusuke e que estreou em Cannes, Ripples of Life, o segundo trabalho do chinês Wen Shipei, e The Power of the Dog, que também está nos festivais de Veneza e San Sebastian.
Mas a relativa saúde dos festivais de grande orçamento, como Cannes e Toronto, não reflete a instabilidade dos festivais asiáticos, e muitos na indústria estão preocupados. “Os festivais são um verdadeiro dilema”, diz Mike Goodridge, produtor e diretor artístico do Festival de Cinema de Macau. “As pessoas têm tantos problemas com festivais mistos. Como você equilibra os perfis locais e internacionais em um festival assim?“
“Como os festivais devem competir com as plataformas de streaming? Como lidar com a Netflix, uma empresa que fará 70 filmes este ano? Por que falta o apoio de organizações como a FIAPF (Federação Internacional de Associações de Produtores Cinematográficos)?”. Goodridge e Fulvi estão planejando realizar uma conferência nos próximos meses para tratar dessas e outras questões.
Devido à atual escassez de estreias presenciais, relacionado a COVID, festivais menores estão reutilizando muitos filmes programados para Cannes, Veneza e Berlim. Como resultado, muitos julgam os festivais deste ano “muito parecidos e chatos”.
“Filmes de arte não são mais divertidos; os festivais em si não são mais divertidos”, diz Ho Wi Ding, diretor de Cities of Last Things, título apresentado na edição de 2018 do Festival de Toronto. “Eles não são nada além de exibições digitais, nada além de streaming. Está se tornando cada vez mais difícil para os cineastas que desejam exibir seus filmes. Voltamos aos dias em que a TV ameaçava a indústria do cinema”.
Cartaz de Cities of Last Things | Créditos: www.imdb.com
Albert Lee, diretor executivo do Festival Internacional de Cinema de Hong Kong, discorda que os festivais se tornaram chatos ou muito semelhantes.
“Sempre houve um aumento e sobreposição com as seleções de Cannes, Veneza e Berlim e outros festivais mais locais”, disse Lee. “O que está ficando claro hoje em dia é que os detentores dos direitos das produções estão tomando decisões pragmáticas para seus filmes. Isso geralmente significa prioridade para lançamentos comerciais e colocar a estratégia do festival em segundo lugar.”
A constante mudança de bloqueios locais, condições de quarentena e restrições de viagens internacionais podem dificultar a chance dos festivais de alcançar e oferecer o seu melhor ainda por muitos meses ou anos.
“Quando você está realizando qualquer evento cultural de grande escala hoje em dia, é incrivelmente difícil operar sob qualquer grau de confiança”, diz Al Cossar do Festival de Melbourne. “Nós planejamos cada contingência e fomos colocados à prova. Fizemos vários pivôs em circunstâncias difíceis.”
O Festival de Hong Kong, que a COVID obrigou a ser on-line por dois anos, agora está adotando mais componentes digitais. O HAF Film Lab (evento promovido por ele) está acontecendo como uma série de palestras on-line. O seu spin-off voltado para a juventude, o Cinefan Summer Festival, escolheu um formato híbrido para apresentar seus títulos.
“Os resultados do CineFan não são grandes, mas são melhores do que esperávamos”, disse Lee. “Os festivais híbridos vieram para ficar.”