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CULTURA HISTÓRIA lendas 🇨🇳 CHINA

Conheça o Festival do Meio-Outono na China

Com suas raízes na agricultura, o Festival do Meio-Outono é o segundo mais importante na cultura chinesa, depois do Ano Novo Chinês. Datando desde a Dinastia Song (960 a 1127 d.C.), a celebração também recebe o nome de Festival da Lua, pois sua origem se respalda nos costumes que os imperadores e agricultores tinham de agradecer a Lua cheia do outono pela boa colheita, dando grandes jantares e festas familiares em forma de adoração para que pudessem ter prosperidade, felicidade e união.

As celebrações ocorrem em um feriado nacional que dura três dias e acontece todo 15º dia do 8º mês do calendário lunar, geralmente caindo entre setembro e outubro no calendário gregoriano – em 2022, ele corresponde ao dia 10 de setembro. É uma data importante e de reunião porque significa estar com a família e partilhar o momento com ela. E quem porventura não consegue se deslocar para o feriado, celebra com amigos e envia de presente para os familiares os famosos mooncakes (bolinhos da lua), iguaria típica do festival com uma variação de recheios que vão do doce (feijões vermelhos, semente de lótus, chá verde, tâmaras) ao salgado (carne de porco).

Créditos: Stock photo

A data é cheia de simbolismos, um deles girando em torno do formato redondo da lua cheia, que para os chineses significa a união das famílias, e está presente desde o formato a mesa em que o jantar é servido até o aspecto circular dos mooncakes. E quanto às tradições, existe a de fazer e acender lanternas de papel, escrevendo nelas tudo aquilo de bom que se é almejado para depois pendurá-las em árvores ou nas casas; algumas pessoas nas regiões rurais do país as soltam em direção ao céu ou em rios em uma espécie de oração para que os desejos se concretizem.

A Lenda da deusa da Lua, Chang’e e o arqueiro Hou Yi

Sem dúvida alguma, o centro das tradições e costumes do festival é a adoração à Lua e esta se conecta diretamente com a mitologia chinesa, com a lenda da deusa da Lua, Chang’e, e sua história de amor eternizada com o arqueiro Hou Yi. As lendas dos dois se misturam e, na verdade, têm origem na lenda dele.

Conta-se que, em um passado distante, existiam 10 sóis e estes se alternavam para que cada um nascesse em um dia diferente. Porém, um dia, os dez decidiram que nasceriam todos de uma vez e isto causou uma seca de proporções jamais vistas – plantações foram destruídas e queimadas, a terra se rachava e o povo sofria. Foi então que o rei decidiu mandar o experiente arqueiro Hou Yi para resolver a situação.

Arco e flecha em mãos, Hou Yi partiu para tentar conversar com os sóis, mas estes não o ouviram, e então ele os flechou um por um. Quando estava prestes a flechar o último, a mãe dos sóis, Xihe, pediu clemência e até o rei admitiu que a Terra precisava de pelo menos um sol, e o arqueiro poupou o último astro de encontrar o mesmo destino que seus irmãos.

Como recompensa por salvar a humanidade do terror e força dos dez sóis, a Hou Yi foram dadas, pela Rainha-Mãe do Oeste, duas pílulas (ou elixires) de imortalidade – uma para si e outra para sua esposa, Chang’e. E é a partir daqui que as lendas começam a divergir e variantes surgem.

Algumas versões dizem que Chang’e tomou as duas pílulas, enquanto Hou Yi estava fora caçando, pois ele tinha se tornado um tirano e ela tinha medo de que as pessoas sofressem para sempre, caso ele se tornasse imortal. Outras dizem que um dos estudantes do arqueiro invadiu a casa enquanto ele não para tentar roubar as pílulas e, em pânico, Chang’e tomou as duas. Há ainda uma terceira versão da lenda que diz que nenhuma das duas hipóteses anteriores aconteceu e que, na verdade, Chang’e se aproveitou da ausência do marido e tomou as duas pílulas por pura avareza e egoísmo.

Não importa a lenda, o efeito das duas pílulas foi tão intenso que ela voou diretamente para o Palácio Lunar, passando direto pela Corte Celestial, onde os deuses viviam, e ficou presa na lua, com nada mais do que o Coelho de Jade para lhe fazer companhia.

Ah, e os mooncakes? A lenda conta que Hou Yi os fazia após Chang’e ascender aos céus porque ele simplesmente sentia muita falta dela.

Menções na cultura popular – O filme “Over the Moon”

Créditos: Netflix

Com a história girando em torno do Festival do Meio-Outono, em 2020, a Netflix lançou um filme em parceria com o estúdio chinês Pearl – “Over the Moon” ou “A Caminho da Lua”, em português brasileiro.

A animação rica em pormenores e com trilha sonora maravilhosa deixa o coração quentinho ao retratar a emocionante jornada da jovem Fei Fei (Cathy Ang), muito apegada à lenda de Chang’e, que, depois de perder a mãe e descobrir que o pai pretende se casar novamente, resolve partir em uma missão para a Lua, a fim de encontrar a deusa (Phillipa Soo) e provar para o pai que o amor eterno existe. Em sua lógica de criança, a menina acredita que se Chang’e pode esperar eternamente por seu amado Hou Yi, seu pai também deve esperar por sua mãe, até que estejam juntos novamente.

O filme, lançado três semanas após o festival, encanta por sua delicadeza ao lidar com o luto do ponto de uma criança, mas sem perder a veracidade, pelos elementos da cultura chinesa que enchem os olhos e envolvem o espectador, desde os detalhes do festival em si (e sua “origem” mitológica) até aqueles da cidade onde a protagonista vive, baseada nas cidades da água da região de Jiangnan.

Algo interessante de se citar também e um detalhe que pode passar despercebido pelo público é a maneira como os roteiristas abordaram a personalidade de Chang’e, visto que ela parece oscilar várias vezes durante o filme e isso a torna mais humana (ela não nasceu uma deusa mas sim, tornou-se uma), abrindo espaço para que a história, desta forma, aborde as diferentes versões da lenda da deusa e o que realmente aconteceu quando ela ascendeu aos céus – vale visar que antes de Fei Fei ir para a lua, há uma discussão entre seus familiares, em especial as tias, que acontece na noite do jantar do Festival do Meio-Outono, sobre as várias versões da lenda e até colocando em questão a própria personalidade da deusa da lua.

No elenco do filme também estão presentes as vozes de John Cho, Sandra Oh, Ken Jeong, Kimiko Glenn, Margaret Cho e Robert G. Chiu – representatividade no seu melhor!

Que tal aproveitar que o feriado já é hoje para comer alguns mooncakes e assistir a esta fofura de filme?

中秋节快乐! Feliz Festival do Meio-Outono!

Fonte: (1), (2), (3)

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FILIPINAS JPOP KPOP MÚSICA PPOP THAIPOP 🇯🇵 JAPÃO 🇰🇷 COREIA DO SUL 🇹🇭 TAILANDIA

[LISTA] 7 debuts mais esperados de 2022

O ano de 2022 nem começou direito, mas já tem tantos acontecimentos que é até difícil acompanhar, não é mesmo? Em meio a tantas notícias, o povo clama por algo que também deixe o coração quentinho, algo bom pelo que esperar. Para os fãs de K-Pop, J-Pop, Thai-Pop e P-Pop, este ano vem recheado de novidades e a espera por esse “algo novo” vai valer a pena com tantos grupos talentosos vindo por aí.

Então, como diria Igor Guimarães, “vem, vem, vem, vem chegando na boate” e cola aqui com a gente do Asian Break para conferir alguns dos debuts mais esperados para este ano. Espero que esteja sentado, porque alguns desses acontecem já agora, em março. Preparado? Vamos lá.


XG

Créditos: XGALX – Divulgação

Encabeçando a lista, está esse grupo que promete abalar várias estruturas, inclusive a do seu e do meu coração. O XG (Xtraordinary Girls), primeiro grupo da XGALX, uma companhia de entretenimento global, tem seu debut nas plataformas físicas e digitais marcado para 18 de março (tão pertinho que chega a ser palpável) com o single “Tippy Toes”.

O tão aguardado lançamento teve um teaser divulgado no canal oficial do grupo no YouTube em 08 de Março, como pode ser conferido nessa matéria também aqui do Asian Break: XG lança primeiro teaser de seu debut, Tippy Toes.

Formado pelas sete talentosíssimas integrantes: Jurin, Chisa, Cocona, Hinata, Maya, Juria e Harvey, o grupo parte do conceito girl crush e promete revolucionar o empoderamento feminino em meio a nova geração de girl groups que vem por aí. Mas isso já estava nas entrelinhas, não é mesmo? Já que as meninas são incríveis e possuem vozes pra lá de poderosas, como já demonstrado em alguns covers que fizeram.

Para continuar conferindo mais e mais novidades sobre essas maravilhosas, é só colar lá no Instagram oficial @xgofficial e no YouTube, onde você pode conferir os covers e apertar sem nem um pingo de dó o botão replay no teaser do MV. Mas calma, porque dia 18 já está quase aí!


ILY:1

Créditos: Blog La Banana

Um grupo que o debut está tão próximo que é quase possível já ouvir os primeiros acordes das músicas do seu álbum de estreia, Love in Bloom, é o ILY:1, da FCENM

É verdade, sim senhor! O girl group estava com o debut marcado para 15 de março, mas agora irá debutar em abril e é formado por seis integrantes: Hana, Rona, Ririka, Ara, Nayu e Elva – as quatro primeiras integrantes foram participantes do Girls Planet 999.

Para acompanhá-las? Muito fácil, é só se ligar na conta oficial do Instagram (@fcenm_ily1) e no YouTube, onde elas estão, desde o início de fevereiro, publicando episódios de um reality show pré-debut intitulado “ILY:0”.


LITZ

Créditos: OneMusicPH

Este girl group filipino ainda nem debutou mas já podemos considerar demais! 

LITZ (Life In The Sunshine) é a mais nova aposta da Viva Records e tem simplesmente tudo para “chegar chegando”. Com suas cinco integrantes: Bianca, Ashtine, Fatima, Heart e Yumi, que não são nem um pouco estranhas ao público – algumas já foram integrantes de outros grupos, se apresentado inúmeras vezes, e até são estrelas da internet (como é o caso de Heart e seus 4.1 milhões de seguidores no TikTok) -, o grupo vem para se divertir enquanto conquista seu espaço e traça seu caminho no mundo do P-Pop.

O debut aconteceu no dia 08 de março com o single “KIDLAT” e o pré-debut delas, o cover de “Natataranta” de James Reid, também está disponível e você pode acompanhar todas as novidades dessas maravilhosas nas mídias sociais do grupo. Siga o Instagram (@litz_official) e YouTube.

Ah, e vale avisar também que as meninas estão com apresentação confirmada no Tugatog Filipino Music Festival 2022!


PRIKIL

Créditos: Aidoru

O primeiro grupo feminino japonês da FNC Entertainment é composto por Uta, Rinko, Yukino, Nana e Rin. Ele foi formado através do programa Who Is Princess? e tem debut previsto para 4 de maio com o single “Somebody”. 

As meninas fizeram sua primeira apresentação ao vivo no dia 05 de Março, na Kansai Collection 2022 SPRING & SUMMER. E, apesar de não se saber muito mais do que isso, o perfil oficial no Instagram (@prikil_official) vem divulgando bastante coisa, então, corre lá para conferir!


ViViViLLAINS

Créditos: ViViViLLAINS

Agora, pare tudo o que estiver fazendo e venha ver este girl group que, sem dúvida, vai fazer muito barulho quando a hora do debut chegar. O ViViViLLAINS é um grupo tailandês de iniciativa independente, completamente self-made e por isto estas meninas já merecem o spotlight, o mundo e mais um pouco.

Com sete integrantes, CHERRii, SORA, Photo, ShiNe, Bimi, Hiyo e PinNerz, o ViViViLLAINS foi fundado pelas duas primeiras e tem como principal pilar a igualdade de gênero.

Porém, a parte triste é que ainda não há uma data certa para o debut. Mas sabe o que você pode fazer até lá? Exatamente, correr e seguir as meninas no Instagram e Facebook. Assim você ajuda na divulgação deste grupo que está um primor e que já tem tudo para ser um sopro de ar fresco no Thai-Pop.


Menção Honrosa

ODDLORE

Créditos: EVIL LINE RECORDS

Da EVIL LINE RECORDS, o grupo japonês tem seis membros de diferentes backgrounds: Koya, Rion, Ryuichiro, Rikito, Josh e Yui. O grupo debutou na última sexta-feira de fevereiro, dia 25, com dois singles, “Hazed Reality” e “Lucid Dream”, que trazem uma abordagem lúdica do mundo real e do mundo dos sonhos, enquanto envoltos em melodias completamente diferentes e viciantes.

Para acompanhar, siga o grupo no Instagram (@oddlore_official) e no Twitter (@ODDLOREofficial).


TAN

Créditos: Think Entertainment

Eles chegaram com tudo! O boy group TAN (To All Nations) debutou no dia 10 de março com seu primeiro mini-álbum 1TAN. De acordo com a agência Think Entertainment, o grupo é formado por sete membros: Lee Chang-sun, Im Joo-an, Lee Jae-jun, Seo Sung-hyuk, Kim Hyun-yeop, Bang Tae-hoon e Kim Ji-seong, todos vencedores do reality de sobrevivência Wild Idol, da MBC.

Conseguimos acompanhar a trajetória e novidades sobre os moçoilos no Instagram oficial do grupo (@tan__official_).


G22

Créditos: CS Entertainment

Veio aí o G22, o primeiro girl group da Cornerstone Entertainment, que acelerou o coração dos filipinos.

O grupo chegou no dia 25 de fevereiro e entra para a nossa menção honrosa. Alfea, Bianca, Jaz e AJ chegaram com o single “BANG!”, que veio quebrando tudo e mostrando que estas meninas não estão para brincadeira. O MV oficial está no canal do YouTube e, é claro, para continuar acompanhando este empoderamento maravilhoso, é só ficar de olho no Instagram oficial (@g22official_), e no Twitter (@G22Official).

Fonte: (1), (2), (3), (4), (5), (6), (7), (8), (9), (10), (11), (12), (13), (14)

Imagens: XGALX- Divulgação, Blog La Banana, OneMusicPH, Aidoru, ViViViLLAINS, EVIL LINE RECORDS, Think Entertainment, CS Entertainment – reprodução

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CULTURA HISTÓRIA SOCIEDADE 🇨🇳 CHINA

Ossada de casal enterrados se abraçando é encontrada no Norte da China

Foram descobertos no Norte da China, mais precisamente na cidade de Datong, província de Shanxi, dois esqueletos de 1.500 anos enterrados juntos, envoltos em um “abraço eterno”.

Enquanto escavavam mais de 600 tumbas em um cemitério local, arqueólogos das Universidade de Jilin e Xiamen descobriram a ossada do casal, que foi sepultado durante a Dinastia Wei do Norte (386 a 534 d.C.). De acordo com os estudos feitos e publicados no International Journal of Osteoarchaeology, os autores da pesquisa escreveram que “a mensagem era clara – marido e mulher deitados juntos enquanto abraçam um ao outro em um amor eterno na vida após a morte”.

Ainda que as circunstâncias em que foram encontrados sejam, de certa forma, lúdicas – um amor que se perpetua mesmo após o fim da vida -, indícios apontam que a forma como a morte do casal aconteceu não segue o mesmo caminho. O laudo dos estudos conduzidos nos ossos mostra que o esqueleto homem, entre 29 e 35 anos, tinha sinais de lesão não curada no braço direito e um dedo cortado, indicando sinais de uma possível morte violenta. No corpo da mulher, entre 35 e 40 anos, não foram encontrados indícios de trauma, o que pode indicar suicídio. A situação sugere que possa ter acontecido após a morte de seu amado, para que pudesse ser enterrada junto a ele.

Os pesquisadores não descartam também a possibilidade de que os dois tenham falecido ao mesmo tempo, talvez por uma doença ou envenenamento.

Quanto a alguma evidência que pudesse indicar o status do casal, no anelar da mulher foi encontrada uma aliança prata simples, cuja falta de gravações e seu material sugerem que os dois eram pessoas comuns, segundo o perito em odontologia Qian Wang, da Texas A&M University.

De acordo com o antropólogo Qun Zhang, da Universidade de Xiamen, este tipo de enterro é o primeiro a ser documentado na China. Ele pode se relacionar ao fato de ter ocorrido quando o Budismo estava ganhando força e sendo disseminado pelo país, e as pessoas estavam começando a ficar mais conectadas com a vida após a morte e o que acontecia nela.


Fonte: (1), (2), (3)
Imagem: International Journal of Osteoarchaeology
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TV

A representatividade no elenco principal do live-action de Avatar: A Lenda de Aang, divulgado pela Netflix

Se tem uma palavra que define o live-action de Avatar: A Lenda de Aang da Netflix, essa palavra definitivamente é autenticidade. É o que garante o showrunner, Albert Kim.

Com uma equipe de roteiristas, diretores e realizadores majoritariamente de origem e ascendência asiática, a adaptação deste tão amado desenho, para a plataforma de streaming, promete prestar atenção aos mínimos detalhes. O trabalho está desde a história original, até aos seus aspectos culturais, principalmente no quesito representatividade.

Em um post, Kim falou sobre a importância de serem autênticos ao máximo e como isso é importante para ele e sua equipe criativa, na hora de desenvolverem a série. “A autenticidade é aquilo que nos motiva, na frente e por trás das câmeras, e é por isso que reunimos um time como nunca visto antesum grupo de artistas talentosos e apaixonados por aquilo que fazem e que estão trabalhando arduamente para que se possa trazer este rico e incrivelmente bonito mundo à vida”. Ainda acrescentou que “o live-action é uma oportunidade de mostrar os personagens asiáticos e indígenas como pessoas de carne e osso, que respiram e são reais, que fazem parte de um mundo real, muito similar ao que vivemos; eles não são mais apenas desenhos”.

E a busca ávida pela representatividade começou com o pé direito quando a Netflix, no começo do mês passado, divulgou o elenco principal: Gordon Cormier, de ascendência filipina, como Aang; Kiawentiio, de origem da tribo Mohawk, como Katara; Ian Ousley, parte Cherokee (ainda que não existam confirmações quanto a sua ascendência), como Sokka; e Dallas Liu, de origem sino-indonésia, como o príncipe Zuko.


Créditos: Netflix/Nickelodeon

Até o momento, a Netflix não divulgou a data de estreia do live-action de Avatar: A Lenda de Aang, mas a torcida e expectativa são grandes para que o momento chegue o quanto antes.


Fonte: (1), (2)
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CINEMA MARVEL SOCIEDADE 🇨🇳 CHINA

Meng’er Zhang, sua personagem em Shang-Chi e a luta contra os esteriótipos de mulheres asiáticas em Hollywood

Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis vem causando furor desde a estreia e parece que a cada dia conseguimos nos apaixonar ainda mais, seja pela imensa representatividade que o filme trouxe ou pela história. Os bastidores sempre revelam algo incrível a mais do que havia se percebido em um primeiro momento, além de nos apaixonarmos pelos personagens, atores e atrizes que as interpretam. E é exatamente neste último aspecto que esta matéria se encaixa, mais precisamente na atriz Meng’er Zhang, que dá vida à Xu Xialing.

Créditos: Shang-Chi/Marvel Studios

Em uma entrevista recente, Meng’er disse que a personagem originalmente possuía algumas mechas coloridas em seu cabelo e que o filme já estava sendo gravado por pouco mais de um mês quando ela leu um artigo da Teen Vogue que abordava, justamente, o quão problemático é o trope de mulheres asiáticas em Hollywood quando são apresentadas tendo algum tipo de cor em seus cabelos pela necessidade de indicar que são “rebeldes, fortes e que podem lutar”. Esse tipo de representação leva a uma impressão bastante tóxica e preconceituosa de que o cabelo natural da mulher asiática só faz o espectador pensar que ela está associada a uma imagem de fraca e submissa.

O trope é uma construção narrativa usada várias e várias vezes nos diversos formatos de se contar uma história e de representar elementos, em diversos universos e plataformas diferentes, e nem sempre é considerado algo necessariamente ruim. Porém, neste caso, sim. E a atriz não ficou parada.

Assim que tomou consciência de que Xialing já estava com um pé para entrar e ser mais um número nesse trope, Zhang contatou o diretor do filme, Destin Daniel, e lhe mandou o artigo. “Falei com o nosso diretor, Destin. Perguntei se podíamos tirá-las [as extensões vermelhas] e eles [Destin e a Marvel] concordaram e me apoiaram”, conta. E Destin acatou na hora as mudanças solicitadas pela atriz.

Meng’er Zhang é ou não é maravilhosa? Sim ou claro?

Fonte: (1)
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CINEMA MARVEL 🇨🇳 CHINA

A (não)recepção de Shang-Chi na China e o personagem de Xu Wenwu

Que o filme “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis” é um sucesso absoluto, isto já se sabe desde o seu momento de estreia nas salas de cinema. Com seu primeiro filme de herói de origem asiática, a Marvel quebrou barreiras e está superando recordes de bilheteria a cada semana que passa, levando fãs de todas as partes do mundo à loucura.

Porém, nem todas as partes, pois na China já se ouviam rumores de que o filme seria banido antes mesmo de chegar a data de estreia. E isso realmente aconteceu. O motivo? A polêmica em torno do personagem interpretado por Tony Leung, Xu Wenwu, uma reformulação do vilão O Mandarim, que teve seu “conceito” explicado no filme “Homem de Ferro 3” e que deu bastante o que falar.


Créditos: Marvel Studios

Para entender a polêmica e a retaliação, é necessário voltar aos quadrinhos e ao vilão original do universo de Shang-Chi, o implacável e cruel Fu Manchu. O vilão, desde sua primeira aparição, foi considerado uma caricatura racista que propagava os estereótipos feitos a respeito de pessoas chinesas e essa questão, de maneira óbvia, não foi bem recebida pelo público de origem e descendência asiática de uma forma geral.

Porém, quando reimaginado e adaptado para um roteiro cinematográfico, pois a Marvel não possui os direitos do personagem original, Fu Manchu deixa de ser Fu Manchu mas sim, Wenwu (ou O Mandarim). A personagem se torna livre dos estereótipos uma vez mostrados, de maneira infeliz, nos quadrinhos originais. Mas então por que a China ainda insiste em banir o filme? A resposta está no fato de que, recentemente, Beijing tem aumentado a censura e apertado o cerco quando o assunto são produções estrangeiras que possam, mesmo que minimamente, reforçar qualquer tipo de estereótipo de pessoas chinesas. Em uma fala publicada no China Youth Daily, o jornal oficial da Liga Jovem Comunista, em 2019, “ainda que ‘O Mandarim’ e Fu Manchu não sejam a mesma pessoa, aquele ainda foi construído em cima da sombra deste”.

Mas como toda moeda tem seus dois lados, alguns fãs chineses e de ascendência chinesa dizem não enxergar problema no filme. Este público até cita o fato de que os estúdios Marvel, juntamente com o roteirista do filme, Dave Callaham (também de ascendência chinesa), fizeram uma lista de estereótipos a serem quebrados, justamente para que estes não tivessem vez no novo filme. O objetivo era que a representação da cultura fosse feita de maneira correta.

Inclusive, fazendo uma referência e crítica à sátira escrachadamente estereotipada de seu personagem, em um determinado momento de Shang-Chi, o próprio Wenwu explica sua história e leva em conta os acontecimentos do filme “Homem de Ferro 3”. Neste outro filme, ele havia sido “representado” de forma misteriosamente lúdica na figura do Mandarim, para que o Ocidente tivesse ainda mais medo de sua figura – é aquela velha história, o ser humano teme aquilo que não conhece. Wenwu chega a rir, em um misto de uma amargura sútil e incredulidade, e diz: “Não sabiam meu nome verdadeiro, então inventaram um. E funcionou. A América ficou com medo de uma laranja”.


Créditos: Marvel Studios

“Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis” estreou em 2 de setembro no Brasil e conta a história de Shang-Chi (Simu Liu), um jovem que confronta seu passado um tanto quanto obscuro em uma jornada eletrizante para enfrentar seu pai, Xu Wenwu (Tony Leung). No elenco ainda estão Awkwafina, Michelle Yeoh, Meng’er Zhang, Fala Chen e Ben Kingsley

Infelizmente, até o momento, o filme segue sem data de estreia prevista na China.


Fontes: (1), (2), (3), (4)

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ANIME TV 🇯🇵 JAPÃO

Live-action de Cowboy Bebop da Netflix estará repleto de easter eggs

Com estreia marcada para 19 de novembro deste ano, o live-action de “Cowboy Bebop” teve suas primeiras imagens divulgadas pela Netflix no final de agosto e já promete trazer muitas surpresas e agrados aos fãs da produção original. O anime de 1998, que foi dirigido por Shinichiro Watanabe e se tornou um fenômeno, hoje considerado um clássico cult, é garantido ser homenageado em grande estilo no remake da plataforma de streaming, segundo o showrunner Andre Nemec.

Em entrevista ao portal Polygon, Nemec disse que cada episódio da série está repleto de easter eggs que fazem menção à obra original, desde elementos presentes nos cenários e nomes até o aspecto visual, como os ambientes icônicos e figurino dos personagens. 


Créditos: Netflix

O responsável pela série acrescenta ainda, “vou desafiar quase todos os super fãs neste show, a ver quem é que consegue achar as referências nas cenas”.

Cowboy Bebop se passa em 2071 e conta a história dos caçadores de recompensas Spike Spiegel, Faye Valentine, Jet Black e Edward Wong ‘Radical Ed’ e do corgi galês Ein (sim, um corgi galês geneticamente modificado e super inteligente) a bordo da nave Bebop. Você os acompanha em suas aventuras espaciais na caça de recompensas enquanto são, por sua vez, caçados pelas autoridades.


Créditos: Divulgação

O live-action tem no elenco John Cho (Spike Spiegel), Daniella Pineda (Faye Valentine), Mustafa Shakir (Jet Black), Elena Satine, Alex Hassell, entre outros nomes. Quem irá interpretar a personagem Ed, ou até mesmo se ela fará uma aparição na primeira temporada, ainda é um mistério. Mas Nemec garante que os fãs ficarão felizes quando chegar o momento.


Fontes: (1), (2), (3)
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