Roda do Destino, do diretor Ryusuke Hamaguchi, ganhou o Prêmio do Júri no Festival de Berlim 2021 e pode ser assistido em cinemas de São Paulo (SP), Curitiba (PR), Aracaju (SE), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Belo Horizonte (MG) e Recife (PE).
Roda do Destino mostra três histórias com eventos aleatórios, mal-entendidos, ciúmes, vingança, inveja e sedução. Na primeira história, duas amigas têm a amizade enfraquecida após descobrirem um homem em comum em suas vidas. Na segunda história, um estudante busca se vingar de seu professor de literatura, e a última é sobre um reencontro entre duas mulheres (ou seria apenas um encontro?).
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No dia 13 de setembro aconteceu o maior e mais esperado tapete vermelho da moda: o Met Gala. Na edição deste ano a exibição teve como tema “In America: A Lexicon of Fashion” (algo como um vocabulário das várias formas de se expressar na moda), uma homenagem aos estilistas norte-americanos. O tapete trouxe grandes estrelas para desfilar sob a ótica da independência americana, e nomes como CL e Rosé foram destaques na noite.
Rosé (BLACKPINK) veste Yves Saint Laurent e CL veste Alexander Wang. Créditos: Vogue e Met Gala.
Mas uma das maiores aparições da noite foi sem dúvida Gemma Chan. A atriz ganhou atenção no primeiro Met, de 2019. Desta vez, Gemma brilhou ao homenagear a primeira estrela sino-americana de Hollywood, Anna May Wong.
Em parceria com o designer nepalês-americano Prabal Gurung, Gemma – através de arquivos fotográficos de Wong – desenvolveu um minivestido de lantejoulas pretas estampado com um motivo de dragão, completando com uma cauda dramática verde pastel. A atriz ainda fez uso de um cabelo preso em tranças – um estilo que já havia sido visto em Wong.
À esquerda, Gemma Chan e à direita, Anna May Wong. Créditos: Vogue
Antes do tapete vermelho do Met, Chan fez postagens em sua conta do Instagram, com imagens de Wong, protagonista do filme ‘Technicolor The Toll of the Sea (1922)’, aos 17 anos. A homenageada estrelou mais de sessenta filmes durante sua carreira. “Apesar de enfrentar preconceito e estereótipos, ela lutou contra a discriminação que enfrentou em Hollywood”, escreveu a atriz. Ela também completou dizendo, “Em suas palavras: ‘É uma situação muito triste ser rejeitada pelos chineses, porque sou ‘muito americanas’ e por produtores americanos porque preferem outras raças para representar peças chinesas’”.
Chan conclui sua explicação sobre o significado por trás de seu visual no tapete vermelho: “Uma pioneira, ícone da moda e mulher à frente de seu tempo – ela abriu o caminho para aqueles que vieram depois e continua a inspirar.”
A atriz também falou abertamente sobre o ódio antiasiático no passado, chamando as pessoas para se levantarem contra todas as formas de racismo.
Fonte: (1) Imagens: Reprodução Vogue, Met Gala Não retirar sem os devidos créditos.
Em julho, quando o Festival de Cannes foi realizado com sucesso e até tapete vermelho, parecia que a comunidade cinematográfica global dava um suspiro de alívio. “Antes de Cannes, muitos produtores não tinham tanta certeza sobre como enviar seus filmes ao festival. Mas quando ele foi anunciado, houve um sentimento de ‘os festivais estão de volta’ e vimos uma onda de inscrições”, disse Giovanna Fulvi, responsável pela seleção de conteúdo da Ásia para o Festival Internacional de Cinema de Toronto.
Mesmo com Toronto tendo a sorte de acontecer com um certo grau de normalidade – o Canadá reabriu suas fronteiras para visitantes vacinados em 7 de setembro -, muitos na indústria ainda estão preocupados com o futuro dos festivais de cinema na Ásia.
Fulvi recebeu inscrições da Ásia em uma quantidade próxima aos níveis normais, mas o número de vagas disponíveis foi reduzido para um terço dos anos anteriores (por cortes no orçamento e preocupações com a COVID). Mesmo assim, ele pode escolher os melhores títulos e está confiante com o line-up selecionado.
A seleção asiática varia de Inu-Oh, uma animação musical japonesa passada no século 14, a Aloners, um filme do sul-coreano Hong Sung-eun, e Yuni, da diretora indonésia Kamila Andini, que é bem diferente dos seus trabalhos anteriores. Já o filme de Ho, Terrorizers, terá sua estreia mundial em Toronto, mas sem a presença dele.
Cartaz de Yuni | Créditos: www.imdb.com
A seleção asiática também inclui Drive My Car, de Hamaguchi Ryusuke e que estreou em Cannes, Ripples of Life, o segundo trabalho do chinês Wen Shipei, e The Power of the Dog, que também está nos festivais de Veneza e San Sebastian.
Mas a relativa saúde dos festivais de grande orçamento, como Cannes e Toronto, não reflete a instabilidade dos festivais asiáticos, e muitos na indústria estão preocupados. “Os festivais são um verdadeiro dilema”, diz Mike Goodridge, produtor e diretor artístico do Festival de Cinema de Macau. “As pessoas têm tantos problemas com festivais mistos. Como você equilibra os perfis locais e internacionais em um festival assim?“
“Como os festivais devem competir com as plataformas de streaming? Como lidar com a Netflix, uma empresa que fará 70 filmes este ano? Por que falta o apoio de organizações como a FIAPF (Federação Internacional de Associações de Produtores Cinematográficos)?”. Goodridge e Fulvi estão planejando realizar uma conferência nos próximos meses para tratar dessas e outras questões.
Devido à atual escassez de estreias presenciais, relacionado a COVID, festivais menores estão reutilizando muitos filmes programados para Cannes, Veneza e Berlim. Como resultado, muitos julgam os festivais deste ano “muito parecidos e chatos”.
“Filmes de arte não são mais divertidos; os festivais em si não são mais divertidos”, diz Ho Wi Ding, diretor de Cities of Last Things, título apresentado na edição de 2018 do Festival de Toronto. “Eles não são nada além de exibições digitais, nada além de streaming. Está se tornando cada vez mais difícil para os cineastas que desejam exibir seus filmes. Voltamos aos dias em que a TV ameaçava a indústria do cinema”.
Cartaz de Cities of Last Things | Créditos: www.imdb.com
Albert Lee, diretor executivo do Festival Internacional de Cinema de Hong Kong, discorda que os festivais se tornaram chatos ou muito semelhantes.
“Sempre houve um aumento e sobreposição com as seleções de Cannes, Veneza e Berlim e outros festivais mais locais”, disse Lee. “O que está ficando claro hoje em dia é que os detentores dos direitos das produções estão tomando decisões pragmáticas para seus filmes. Isso geralmente significa prioridade para lançamentos comerciais e colocar a estratégia do festival em segundo lugar.”
A constante mudança de bloqueios locais, condições de quarentena e restrições de viagens internacionais podem dificultar a chance dos festivais de alcançar e oferecer o seu melhor ainda por muitos meses ou anos.
“Quando você está realizando qualquer evento cultural de grande escala hoje em dia, é incrivelmente difícil operar sob qualquer grau de confiança”, diz Al Cossar do Festival de Melbourne. “Nós planejamos cada contingência e fomos colocados à prova. Fizemos vários pivôs em circunstâncias difíceis.”
O Festival de Hong Kong, que a COVID obrigou a ser on-line por dois anos, agora está adotando mais componentes digitais. O HAF Film Lab (evento promovido por ele) está acontecendo como uma série de palestras on-line. O seu spin-off voltado para a juventude, o Cinefan Summer Festival, escolheu um formato híbrido para apresentar seus títulos.
“Os resultados do CineFan não são grandes, mas são melhores do que esperávamos”, disse Lee. “Os festivais híbridos vieram para ficar.”
O longa chinês One Second, o The Book of Fish, da Coreia do Sul, o The Disciple, da Índia, e dois filmes japoneses, Wheel of Fortune and Fantasy e Wife of a Spy, vão competir pelo prêmio de melhor filme deste ano, no Asian Film Awards. A premiação acontecerá em Outubro, mais uma vez na Coreia do Sul.
Cartaz de The Disciple | Créditos: www.imdb.com
A premiação novamente será realizada em conjunto ao tradicional Festival Internacional de Cinema de Busan. A cerimônia, prevista para o dia 8 de outubro de 2021, funcionará de forma híbrida, combinando participações on-line e presenciais, em Busan (Coreia do Sul).
Em 2020, o 14º Asian Film Awards mudou-se para Busan pela primeira vez e foi realizado on-line devido às restrições da COVID-19. Em anos anteriores, a cerimónia aconteceu em Hong Kong e Macau.
Os indicados para melhor diretor incluem Zhang Yimou (por One Second), Lee Joon-ik (por The Book of Fish), Hamaguchi Ryusuke (por Wheel of Fortune and Fantasy), Kurosawa Kiyoshi (por Wife of Spy) e Adilkhan Yerzhanov, do Cazaquistão (para Yellow Cat).
Zhang Yimou | Créditos: www.chinadailyhk.com
Uma das surpresas das indicações foi um outro filme de Zhang Yimou, Cliff Walkers. A obra não recebeu nomeação nas categorias de Melhor Filme e Melhor Diretor, mas é, no entanto, o filme mais indicado nas categorias no festival. Ele recebeu seis indicações, incluindo Melhor Ator Coadjuvante e Melhor Atriz Coadjuvante.
Outros dois filmes receberam cinco indicações cada: One Second e Wife of a Spy. Book of Fish, Deliver Us From Evil – outro filme coreano – e Limbo, de Hong Kong, receberam quatro indicações cada.
O filme de maior bilheteria do mundo em 2020, The Eight Hundred, recebeu apenas duas indicações, ambas em categorias técnicas.
Os vencedores serão decididos por um júri liderado por Lee Chang Dong, da Coreia do Sul, diretor de Oasis, Secret Sunshine, Poesia e Burning. Outros membros do júri serão anunciados posteriormente.