Nesta terça-feira (03), a C9 Entertainment divulgou uma nota oficial onde anuncia o fim do cignature.
No comunicado – feito através do fan cafe do grupo – a C9 Entertainment comenta que a decisão foi tomada após longas discussões com as integrantes e que o fim do grupo era algo “necessário”. O contrato das sete integrantes do cignature foi rescindido e o grupo deu suas atividades como concluídas em 30 de novembro.
A agência agradece o apoio dos fãs e o empenho das integrantes.
O cignature era formado por Chaesol, Jee Won, Seline, Chloe, Belle – que estava atualmente em atividade como membro do UNIS -, Semi e Do Hee e debutou em fevereiro de 2020 com o single Nun Nu Nan Na.
Fonte (1), (2) Imagens: cignature/X Não retirar sem os devidos créditos.
Belle, filme de Mamoru Hosoda com o Studio Chizu chegou aos cinemas do Brasil e estreou ontem (27).
Pré-selecionado para o Oscar de Melhor Animação, Belle ganhou um pôster e trailer legendado em português, assista:
No filme, a tímida Suzu participa do mundo virtual “U” e é Belle, uma estrela do pop que parte em uma aventura para ajudar uma fera misteriosa. Nesta reinterpretação de A Bela e a Fera, Belle/Suzu representa uma protagonista forte e corajosa.
Sucesso no Japão, a animação estreou no Festival de Cannes no dia 15 de julho e foi bem-aceita pelos críticos, recebendo 14 minutos de aplausos.
Reinterpretação do clássico “A Bela e a Fera”, Belle desconstrói a imagem de protagonistas femininas típicas de animes shonen ao contar a história de Suzu, que é uma garota tímida de 17 anos que perdeu a vontade de tocar música após a morte da mãe, mas que no mundo virtual “U”, assume a identidade de Belle, uma superestrela global do pop, com cabelo rosa e roupas cheias de estilo. Belle ainda embarca em uma aventura para ajudar uma fera misteriosa, enquanto performa várias músicas.
O filme tem ganhado muita atenção devido a mensagem de empoderamento feminino. Essa abordagem é dificilmente vista em animes, uma vez que a imagem retratada mais comum são de mulheres e garotas fracas e hipersexualizadas. Segundo Mamoru Hosoda (53), diretor do filme:
Eu sinto que personagens femininas de animes japoneses são, muitas vezes, representadas através das lentes do desejo, levando a exploração do lado sexual e muito disso é considerado liberdade de expressão.
Hosoda ainda afirma que muito dessa exploração é aceita por ser considerada como algo que está acontecendo em um mundo fantástico, não na realidade, mas ele acredita que estas percepções influenciam a realidade das mulheres.
O diretor foi criticado ao desafiar os padrões de representatividade feminina em uma animação, porém Akiko Sugawa, professora na Universidade Nacional de Yokohama, especialista em estudos de gênero e animes, defende o trabalho de Hosoda e afirma:
“Animes têm o poder de criar e quebrar estereótipos de gêneros”, acrescentando que o mundo das animações precisa de mais diretoras e pessoas LGBTQ+ e que o trabalho de Hosoda é essencial para dar voz e chamar mais atenção a estes assuntos.
Belle retrata como a beleza interior de Suzu e a personalidade dinâmica de Belle coexistem na mesma pessoa.
“Assim como a Fera tem uma dualidade, eu queria que a Belle também tivesse dois lados, e que o filme focasse em como estes dois lados entram em ação, levando ao seu autocrescimento.”
Hosoda declarou que se inspirou em sua filha de cinco anos, que é uma criança tímida, mas que eventualmente entrará em contato com a internet e terá todos os tipos de interação.
Além do protagonismo e empoderamento feminino, Belle evidencia o posicionamento positivo do diretor em relação à tecnologia e internet, que para ele, representa a forma com que os jovens se fazem ser ouvidos e enfrentam o mundo.
Confira o trailer de Belle:
Fonte: (1), (2) Imagem: JAPAN Forward – Reprodução Não retirar sem os devidos créditos.